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terça-feira, 25 de dezembro de 2007

o artista

O Artista 

Um dia despertou-lhe na alma o desejo de esculpir uma estátua do Prazer que dura um instante. E partiu pelo mundo à procura do bronze, porque ele só podia trabalhar o bronze. Mas todo o bronze existente no mundo havia desaparecido e em nenhuma parte o metal seria encontrado, a não ser na estátua da Dor que é permanente.

E fora ele que, com as próprias mãos, fundira essa estátua , erigindo-a  no túmulo de alguém a quem muito amara na vida. E na tumba da morta, que tanto amara, colocou a própria criação, como um  símbolo do amor masculino, que é imortal, e a dor humana, que dura a vida inteira.
E em todo mundo não havia bronze, a não ser dessa estátua.

Ele então, retirou a estátua que moldará, pô-la num grande forno, deixando-a derreter-se.
E com o bronze da estátua da Dor que é permanente, fundiu a do Prazer que dura um instante.

Oscar Wilde

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

MAPH


My little love, do you remember,
Are we grew so sadly wise,
    chess together
Checkmated by each
    other's eyes?

Arte roubada

Arte roubada

Roubo ao Masp foi precedido de duas tentativas frustradas

Publicada em 20/12/2007 às 17h00m

Márcia Abos e Wagner Gomes, O Globo Online

SÃO PAULO - O Masp foi vítima de duas tentativas de roubo antes de os dois valiosos quadros do museu serem levados nesta quinta-feira: "O Lavrador de Café e "O Retrato de Suzanne Bloch ". Para a polícia, a mesma quadrilha tentou realizar o roubo até obter sucesso.

As tentativas, segundo funcionários do Masp, começaram há dois meses. Na primeira vez, usaram um maçarico para tentar abrir uma porta lateral do prédio, por onde entram os seguranças. A segunda vez foi no dia 29 de outubro passado, quando um segurança que estava de plantão no aquário de vidro da entrada (no vão livre) chegou a ser rendido. O bando teria desistido do roubo e fugido e há, para a fuga, duas explicações: o alarme soou ou simplesmente o elevador que os ladrões pretendiam andar estava travado.

Desta vez, eles voltaram e subiram pela escada, arrombando a porta principal.

Para o delegado Marcos Gomes de Moura, do 78º Distrito Policial, o bando é o mesmo e agiu a mando de um colecionador. Ele descarta a possibilidade de seqüestro das obras, como costuma ocorrer no mercado de arte. O Masp abriu sindicância interna e pediu ajuda à Interpol, à Polícia Federal e ao Itamaraty para investigar o roubo e impedir que as obras sejam levadas para fora do país.

- Estas não são obras vendidas em qualquer feira. São obras conhecidas, que interessam muito a colecionadores. O mercado de arte é restrito e imagino que alguém de alto poder aquisitivo a encomendou. A obra é de importância mundial - afirmou.

Em outubro passado, segundo o delegado, os ladrões usaram o elevador para chegar até o segundo pavimento e o alarme soou, o que fez com que fugissem. Nesta madrugada, eles teriam encontrado o caminho livre.

Desta vez, o alarme não tocou e eles teriam aproveitado a troca de turno dos seguranças para arrombar a porta principal do museu. Para isso, usou um macaco-hidráulico e um pé-de-cabra, largados no local e recolhidos pela Polícia Científica. No segundo pavimento, por onde chegaram pela escada, retiraram os quadros, que estavam em salas diferentes, distantes um do outro. No trajeto dentro do Masp, teriam aproveitado pontos cegos das câmeras de vigilância que, segundo a polícia, não têm infra-vermelho e, por isso, não gravam mesmo no escuro.

De acordo com a polícia, os quadros foram levados em três minutos, entre 5h09 e 5h12m.

Para o delegado Moura, os ladrões agiram como 'profissionais', mas deixaram imagens gravadas.

- As fitas não mostram os ladrões dentro do museu. Temos apenas imagens dos ladrões no vão livre do Masp, pouco antes de entrarem no prédio e eles não estavam encapuzados - disse, acrescentando que as imagens gravadas são de péssima qualidade e, portanto, terão de ser avaliadas pelo Instituto de Criminalística.

O delegado afirma que mais de três a quatro ladrões agiram no roubo. Segundo ele, do lado de fora foi encontrado um fone de ouvido, usado na comunicação entre os ladrões que estavam dentro do museu e os que estavam do lado de fora, supostamente para avisar sobre a aproximação da polícia ou ajudar no transporte dos quadros.

Contradições

Segundo o delegado, os seguranças do Masp caíram em contradição ao falar sobre o funcionamento do alarme e não souberam dizer se ele existe, se estava funcionando ou desligado ou se estava simplesmente quebrado.

Até mesmo Moura caiu na mesma contradição ao falar sobre o alarme. Primeiro, afirmou não saber se o prédio tem ou não alarme. Depois, lembrou que o roubo não ocorreu em outubro justamente porque o alarme soou. Já no fim da conversa com os jornalistas, o delegado disse que o Masp não tem alarme.

Durante a manhã, funcionários do Masp tinham informado que as imagens gravadas não ajudariam a achar os autores do crime, pois os ladrões estavam encapuzados. O delegado negou a informação e disse que as imagens mostram os bandidos no vão livre sem capuz.

Outra confusão diz respeito à entrada dos ladrões nas salas onde estavam os quadros. O delegado afirmou que os bandidos subiram pela escada e tiveram de quebrar duas portas de vidro para chegar às obras. Mais tarde, afirmou que as portas estavam abertas.

Os seguranças, que não viram a ação dos bandidos, estariam no subsolo e em troca de turno. Apesar disso, o delegado afirma que os seguranças estavam fazendo ronda no prédio.

Moura afirmou que o Masp tem cerca de 30 seguranças, todos eles contratados diretamente pelo museu, e todos têm longo tempo de casa.

- A segurança é feita pelo próprio Masp e os funcionários têm mais de 10 anos de casa. É uma história de vida, por isso, é precipitado falar na participação dos vigias nesta operação - diz o delegado, acrescentando que seria leviano e também precipitado dizer que o sistema de segurança é falho.

Portinari roubado de galeria foi recuperado

O quadro "O Lavrador de Café" não é a primeira obra do pintor Cândido Portinari a ser roubada em São Paulo. Em 24 de novembro de 2005, três homens armados roubaram a tela "Preparando Enterro na Rede", do mesmo autor, da Galeria de Arte Thomas Cohn, nos Jardins, bairro nobre da capital. A obra, avaliada em US$ 1 milhão, foi recuperada dez dias depois.

O patrimônio cultural de São Paulo foi alvo de criminosos por pelo menos três vezes no último ano,antes do roubo no asp. Antes do roubo de duas telas do Museu de Arte de São Paulo (Masp), nesta quinta-feira, a Biblioteca Mário de Andrade, o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas de Embu e o Museu do Ipiranga já haviam sido roubados.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Marmorização de Papel à Cola.


A técnica de Marmorização de Papel com cola é certamente anterior a todas as outras, pois sua preparação não implica em um grande aparato: basta misturar tinta com cola de farinha, a seguir estender esta mistura com uma broxa sobre uma folha de papel.

O papel serve de suporte às cores empregadas na mistura. Recomenda-se usar papel feito à mão de boa gramatura, papel vergé, ou qualquer papel para gravura.

As cores tradicionais utilizadas neste processo são:
  • O azul derivado do índigo - pequeno arbusto das regiões quentes;
  • O vermelho – muito comum ser extraído da cocção da casca do pau brasil ou madeira de pernambuco;
  • O marrom – pigmento extraído da terra de Siena e moído.

Nessa época os artesões preparavam suas tintas a partir da combinação dos pigmentos naturais.

Hoje tudo ficou mais fácil, você não precisa passar por todo esse processo, eis a receita do século XXI desenvolvidas por mim.

Materiais

  • Papel de canson gramatura 180 – cor branca
  • Carbox Metil Celulose – 50g
  • Sabão neutro / detergente
  • Tintas acrílicas
  • Uma placa de vidro ou de fórmica – maior que a folha de papel
  • Esponja, escovas, broxas. pentes
  • Jornais velhos, pote de iogurte


Como fazer
1. prepare a cola – leia o post sobre como fazer uma cola neutra –
2. separe a cola em pequena quantidade, nos potinhos;
3. adicione as tintas. As tintas acrílicas são excelentes;
4. adicione 4 gotas de sabão;
5. umidecer delicadamente o papel com a esponja evite molhar muito;
6. coloque sua folha sobre o vidro e aplique a cola;
7. Respire e relaxe;
8. utilize os dedos, os pincéis, crie seu próprio padrão não demore muito pois a cola seca rápido;
9. veja o resultado da aplicação dessa técnica nas fotos das oficina de encadernação e marmorização de papel;
10. na web tem muitos links interessantes pra você pesquisar.

domingo, 4 de novembro de 2007

xadrez

Quando te vi pela primeira vez sai correndo
jogava xadrez
quando eu jogo xadrez
estou em paz
jogar xadrez é estar em paz
não importa o resultado

te vejo

prefiro não te ver
prefiro te beliscar
tocar teu corpo, te fazer rir

no banco da praça
sequei tuas lágrimas
teu lábios tremiam chicotevas ar com os dedos

não fujo

visto o mesmo dominó
sofro de asma
sou alergica
ontem comi cogumelos
comer cogumelos é sentir a presença da terrível senhora

quando a terrível senhora se acerca

trato de espantar
com rezas..

adoro jogar xadrez
o xadrez é inebriante

Me afasto, como quem recusa o prato favorito
sabes por que mulher...?

Quando os nossos olhos se encontraram pela primeira vez
um querubim nos flexou
jogavamos xadrez

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

poema em linha recta

Poema em linha recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão - princípe - todos eles princípes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?

Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Álvaro de Campos

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Oficina ex-oficio de cianotipia

A cianotipia é uma técinica de fotografia do século XIX, feita apartir de um contato duro, emprega sais de ferro, utiliza como revelador a àgua.
Dia 15 de novembro o Jardim do palácio Cruz e Souza será o nosso ponto de encontro às 10:00 horas . Esta técnica é tão simples que não necessita de laboratório, basta que tenhamos o sol. Para participar traga 05 folhas de papel canson 180g tamanho a4, luvas, uma transparência com imagem em pb bem contrastada (opcional).
Como funciona: vc receberá 05 folhas de papel canson 180 g tratados com sais de ferro, p/ q vc conheça a técnica. Se voce já conhece ótimo! Vamos trocar...
Quanto custa: É grátis, o que vale é a troca.
Número de vagas: 05
Inscrição por email

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

História universal da destruição dos livros - Das tábuas sumérias à guerra do Iraque


Fernando Baez : Os intelectuais são os piores inimigos dos livros. Baéz o autor venezuelano, publica um estudo sobre a destruição dos volumes que inclui desde ás tábuas sumérias a guerra do Iraque”. Pela ordem: Juan Solis, o Universal, os insetos, o fogo , a água, o tempo, contribuem em maior ou em menor escala para a destruição de milhões de livros ao longo da história. No entanto ao tentar identificar os maiores inimigos dos livros, Fernando Baéz não duvida em apontar os intelectuais. Sessenta por cento dos desastres bibliográficos foram intencionais. Não foram os bárbaros, os ignorantes ou o povo inculto os maiores incineradores de livros senão os intelectuais, que estavam por trás das grandes ditaduras que queimam livros. Em 213 a.C, o imperador chinês SHI HUANDI, assessorado pelo filosofo LI SI, mandou queimar os livros do passado e os autores foram enviados para construção da Grande Muralha. Os exemplos abundam. Conta Baéz que em maio de 1933 os nazistas queimaram livros incitados pelo filólogo Goebbels. Um dos mestres que apoiou a resolução foi Martin Heidegger. O autor, considerado uma autoridade na história das bibliotecas dedicou 12 anos de sua vida para documentar a destruição dos documentos o resultado é o tomo – História universal da destruição dos livros das tabuas sumerias a guerra do Iraque.
Quando criança Baez presenciou a inundação da biblioteca de sua cidade natal, São Felix da Guiana, na parte oriental da Venezuela, onde estavam guardados os primeiros exemplares dos jornais de seu pais, o correio do Orinoco. “A destruição deste arquivo marcou minha vida. Este livro não é outra coisa que a resposta que tenho tentado dar a esse grande enigma, a essa grande dor da infância. Foram 14 rascunhos e 12 anos de trabalho” . Baez trabalha atualmente no Centro Mundial de Estudos Árabes, onde prepara uma base de dados do Patrimônio Cultural destruído, que será apresentado na ONU em dezembro de 2008. Em 2003 visitou o Iraque para conferir a destruição, “em nome da democracia”, do patrimônio cultural deste pais. Os Estados Unidos violaram a carta de Haia, de 1954, na qual se estabelece que em caso de conflito os símbolos culturais das nações ocupadas devem ser respeitados e preservados, incluindo os protocolos de 1999 com relação ao tráfico de arte e material arqueológico. “De alguma maneira o governo de George W. Buche atuou como os nazistas, impondo uma nova “cultura“ premeditou as ações . Não é um descuido a destruição cultural deste país. Esta é substimação que tem os Estados Unidos por todas as culturas do planeta”. Como representante do Centro Mundial de Cultura Árabe, Baéz adverte a administração Buch que a ocupação e a recostrução do Iraque é ilegítima. “ O saque de abril de 2003 terá conseqüências penais nos próximos anos. Não me surpreenderia que o Jossef Goebbels da administração Buch, Donald Rumsfeld, termine nos tribunais internacionais respondendo pelo delito de memoricídio contra todo um povo”.


História universal da destruição dos livros - Das tábuas sumérias à guerra do Iraque

Fernando Báez
Tradução de Léo Schlafman
Ediouro
438 páginas

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Esboços de uma cidade



Em comemoração ao centenário do nascimento de Martinho de Haro, o Museu Victor Meirelles apresenta a exposição "Martinho de Haro: esboços de uma cidade". A mostra reúne 22 esboços do artista que costumava desenhar a cidade para, depois retrabalhar estas imagens em suas pinturas, além de um caderno do artista. Com esta exposição o museu oferece aos seus visitantes um olhar sobre a primeira parte parte do processo deste pintor, tão conhecido, por seu trabalho final, a pintura.

Exposição:
Martinho de Haro: esboços de uma cidade

24 de outubro a 06 de dezembro de 2007

Abertura: 24 de outubro às 19h

Palestra: Domingo com Fernando C. Boppré

24 de outubro às 17h

Antes da abertura, às 17h, o historiador Fernando C. Boppré irá apresentar a palestra Domingo que irá abordar os esboços de Martinho de Haro sob um outro olhar, o olhar silencioso do artista que contrapõe à abundância de cores da pintura, à simplicidade despretensiosa do grafite. Isso porque segundo Boppré: É domingo nos desenhos porque não há céu. Não há cor. Não há aquilo que caracteriza e que identifica a obra de Martinho. É um Martinho desconhecido. Um Martinho traído: pela falta, pela ausência das ferramentas que melhor sabia usar. Encontramos um outro Martinho, trabalhando no silêncio do grafite sobre o papel.

Sobre o artista: Martinho de Haro (São Joaquim/SC, 1907 – Florianópolis/SC, 1985) pintou retratos, naturezas mortas, flores, nus, paisagens, casarios, marinas e manifestações populares. Como bolsista do governo do estado, Martinho estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Em 1938, recebeu prêmio no Salão Nacional, que o credenciou a estudar em Paris. Permaneceu na França apenas por um ano devido à eclosão da 2ª Guerra Mundial, retornando ao Rio de Janeiro no ano seguinte e logo em seguida a Santa Catarina, onde se estabeleceu até o fim de sua vida.

Sobre o palestrante: Fernando Boppré é bacharel e licenciado em história pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestrando em história cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina. Publica ensaios no Caderno de Cultura do "Diário Catarinense" e no Caderno "Idéias" do jornal "A Notícia", além de participar da equipe da revista eletrônica Net Processo.

A entrada é gratuita

Museu Victor Meirelles
Rua Victor Meirelles, 59 Centro 88010-440 Florianópolis - SC
Fone/fax: (48) 3222-0692
museu.victor.meirelles@iphan.gov.br
www.museuvictormeirelles.org.br


http://www.www.museuvictormeirelles.org.br

Fonte: Museu Victor Meirelles

sábado, 6 de outubro de 2007

Erro logo acerto e continuo


Sou sonâmbula sempre me vejo com os olhos semi cerrados atravessando uma ponte que não me leva a lugar algum fixo prefiro creditar aos astros prefiro não pensar não me deixar levar pelo fígado o fígado revela grandes segredos todos os dias pela manhã transformo a bile em papel marmorizado a minha a do boi a do linguado esta foi minha última descoberta marmorizar papel é como cozinhar o mesmo prato todos os dias não existe uma fórmula mágica é pura experimentação erro logo acerto e continuo faz algum tempo que marmorizo papel já perdi a conta dos experimentos que faço as possibilidades são infinitas acordo e vejo claramente um battal logo me transporto para Amisterdã de Amisterdã para o Recife do Recife para a Nova Recife toca o telefone a ligação é à cobrar uma vóz tremula do outro lado da linha me puxa do sonho e me chama de mãe me pede socorro..diz que foi sequestrada desligo o telefone fecho a porta do século em dois minutos o telefone volta a tocar é sempre a mesma criatura desta vez na versão mais histérica vou passear até que o terrorista desista de me ligar e falar em sequestro esta é a sociedade que construimos...perco muito tempo tudo o que resta é a alegria de saber que Ebru significa nuvem este estado permanente de topor me faz voltar para Anatólia de Anátolia sigo para Amisterdã de Amisterdã parto para Recife de Recife para Nova Recife...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Convite

Centenário de Martinho de Haro




Fonte: http://www.masc.org.br


A família do Artista, a comissão do Centenário de Martinho de Haro, o corpo técnico do Museu de Arte de Santa Catarina, o governo do estado de Santa Catarina tem a honra de convidar para abertura da Exposição Comemorativa do Centenário de Nascimento do Pintor Martinho de Haro.

Local: Museu de Arte de Santa Catarina
Data: 09/10/2007
Horário: 19:30 horas

Centenário do pintor Martinho de Haro


Centenário Martinho de Haro

Há uma razão imperativa para que se comemore com galas muito especiais o centenário de nascimento do pintor catarinense Martinho de Haro:, o pintor cartesiano que com desbordante de sensibilidade afetiva é o paisagista por exelência da cidade de Florianópolis. O motivo está nas palavras que Valmir Ayala escreveu há vinte anos, logo após o falecimento do pintor: “O diálogo agora é de uma pintura soberana e completa, com um universo de olhares necessitados de justiça e esclarecimento. A ilha ganha agora sua luz, sua verdadeira luz, porque a obra viva de Martinho de Haro encontra seu continente exato; é um bem público destinado a valorizar a vida comunitária”. Portanto, chegou a hora de democratizar para valer aquela justiça e aquele esclarecimento que, após a morte do pintor, foram se fortalecendo sem, contudo, chegar a atingir a latitude que lhes compete junto às camadas populares. O que se impõe, porque o povo é o legitimador de todo itinerário de arte que se torna lenda e memória.

Estamos em 2007. Para que a justiça com plenitude se realizasse e o esclarecimento pudesse frutificar e atingir de vez o nível da comunidade, através do convívio do qual, desde sempre, se destina a produção de um artista maior, era preciso que se criasse o museu que abrigaria parte significativa da obra de Martinho de Haro. Tal museu seria aquele em que, pela fruição, a sociedade se resgataria, cumprindo o dever dos que se afirmam preocupados com a cultura, posto que esta seja o lugar que espelha nosso autêntico semblante.

Enquanto não se funda tal instituição devemos a nós mesmos, como cidadãos, um trabalho de divulgação, que pode muito bem servir-se do ensejo do centenário para ser proposto e ser levado a efeito. Sendo assim, é tempo de pensarmos em uma definitiva exposição que descortine, nesse simbólico momento, o mais e o melhor da produção de Martinho. Nela se exibiriam as hoje inatingíveis obras primas de coleções particulares e públicas. É preciso que se componha o inventário, dessa produção, que dará ao resto do Brasil e aos interessados de fora um instrumento de conhecimento e de pesquisa. Este catálogo estará à disposição do público a partir do seu lançamento, no Museu de Arte de Santa Catarina, no dia 11 de novembro. Necessário é, por fim, que tragamos estudiosos e críticos para que, no ano das comemorações possam discutir o legado e indicar novas perspectivas de entendimento e avaliação de um percurso, já aquilatado por Roberto Teixeira Leite, Fábio Magalhães, Olívio Tavares de Araújo e outros estudiosos. Estes críticos e alguns mais, como Tadeu Chiarelli, Walter de Queiroz Guerreiro e nadja Lamas estarão no MASC, para discutir a obra de Martinho, nos dias 25, 26 e 27 de outubro.

O tempo veio dizendo que Martinho de Haro foi o maior artista plástico de sua terra; que, entre nós, outro não houve que captasse com mais finura as sugerências do lugar de sua predileção. Disse mais o tempo: que ele edificou uma tipicidade discreta e não obstante vigorosa que dariam universalidade às emoções que nascem nas vivências locais, mas atingem, quando elaboradas pelo saber, os patamares da arte sem fronteira. Martinho representa o ponto alto do modernismo em terras de Santa Catarina. Aqui, arriscando ambivalente isolamento, ele construiu o roteiro exemplar e luminoso, na medida inversamente proporcional aos espetáculos retóricos da pintura. Foi buscar com manualidade espiritual (e além disso, espirituosa) o domínio de harmonias diáfanas; o registro de transparências moventes que superaram às de seus possíveis inspiradores, aqueles epígonos de um fauvismo depurado que retornam, como Marquet, abandonando os rugidos da cor, à análise das nuanças e da transitoriedade das sugestões atmosféricas. Enfim, um artista para a história da arte brasileira, à altura de seus maiores representantes.

Fonte: Museu de Arte de Santa Catarina - http://www.masc.org.br

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Além-tédio


Mário de Sá-Carneiro

Além-tédio

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Notícias do Museu Victor Meirelles



Informe Museu Victor Meirelles

Florianópolis, 19 de setembro de 2007


1ª Primavera dos Museus
Meio Ambiente: Museu, Memória e Vida

Vista do Desterro, Atual Florianópolis, circa 1847, 71,7 x 119,2 cm. (detalhe)

22 de setembro de 2007
Local: Largo Victor Meirelles e Museu Victor Meirelles
Horário especial de visitação: 10h às 12h
Em 22 de setembro de 2007, será realizada no Museu Victor Meirelles/DEMU/IPHAN uma programação especial para comemorar a Primavera dos Museus. As atividades propostas girarão em torno da temática Meio Ambiente: Museu, Memória e Vida, procurando sintonizar as instituições museológicas com o meio ambiente.

A programação do Museu Victor Meirelles prevê a sua abertura à visitação no sábado pela manhã, com monitoria especial e atividade de desenho com carvão, além de distribuição de mudas de árvores e panfletos educativos.

Programação:

- Horário especial de visitação: 10h às 12h

- Monitoria especial voltada para crianças, abordando as mudanças das paisagens de Florianópolis e as ilhas de calor: 10h, 10h45, 11h30

- Atividade de desenho com carvão para crianças

- Distribuição de mudas de árvores, água e panfletos educativos ao término de cada monitoria em parceria com a Casan e Fatma

- Caminhada Cultural "População no Centro da História", parte da VII Jornada Brasileira Dia Sem Meu Carro organizada pelo IPUF/PMF.

Local:

Museu Victor Meirelles
Rua Victor Meirelles, 59 Centro 88010-440 Florianópolis - SC
Fone/fax: (48) 3222-0692
museu.victor.meirelles@iphan.gov.br
www.museuvictormeirelles.org.br

Todos os eventos são gratuitos.

Para saber mais, acesse o site: www.museuvictormeirelles.org.br


Mais Informações:
Museu Victor Meirelles
Rua Victor Meirelles, 59 - Centro - Florianópolis
Fone / Fax : 32220692
museu.victor.meirelles@iphan.gov.br
www.museuvictormeirelles.org.br
Fonte: sito do Museu

domingo, 26 de agosto de 2007

Igreja do Rosario


Fundada em 1750 por escravos negros, ex-escravos e alguns homens brancos pobres, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos é a segunda irmandade mais antiga da ilha de Santa Catarina. A construção teve início ainda em 1787, mas só foi concluída em 1830.
A igreja é tombada pelo Estado, por sua arquitetura, sua forma barroca, e beleza interior: do adro, o artista Victor Meirelles a pintou no século XIX, um panorama da cidade, com a Baía Sul de fundo.
A centenária escadaria continua a ser o ponto de encontro favorito dos anarcos-juvenis de todos os tempos.
Observo a paisagem, lá no fim da perspectiva continuam as montanhas azuis, um resto de mar que teima em permanece visível.
Caminhar pelo centro de Florianópolis é um prazer. Refaço os passos de Victor Meirelles, comparo a vista a cidade onde vivo e da sua vila.

A casa de Victor Meirellles abriga um museu e sala de exposição sitio do museu www.museuvictormeirelles.org.br

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Como fazer uma cola neutra


Esta receita é conhecida por todos os dodôs da restauração, guardada a sete chaves. Sei que corro sério risco, afinal trata-se "do segredinho".


Ingredientes

Carbox Metil Celulose - CMC100gr
Água deionizada ou filtrada500ml


Junte tudo e obtenha uma cola.
Passo a passo:
- O nome da cola é um tanto complicado, porém é facilmente

encontrada em qualquer loja que venda papel de parede, o custo benefício é enorme. O preço médio varia entre 15,00 e 18,00 reais incluindo o correio. Vem embalada em pó e cada pacote contém em média 100gr.
- A qualidade da água é muito importante neste processo. A água deverá ser filtrada - filtro de carvão ativado de uso doméstico - ou deionizada. É importante que não fique na água resíduos de cloro, ferro ou qualquer metal pesado.
- Adicione água em um frasco transparente - prefiro reutilizar as bombonas de 05 ml de água mineral- Para cada 100 gramas utilizo 05 litros do solvente universal misturo tudo e deixo descansar por 48 horas. Não se preocupe se a solução ficar meio empelotada, faz parte, mexa de quando em vez.
- A densidade da cola varia de acordo com o uso: para papeis mais pesados utilizo mais densa, papéis mais finos cola mais leve. O clima, também ajuda, dias mais secos e bem melhor para trabalhar.
Só a prática faz o monge.

Observação: Esta cola é própria para encadernação é empregada em largo expecto a partir da década de 80 do séc. XX. É fácil para remover. Cola e descola.
Onde encontrar: em qualquer loja que venda papel de parede ou na casa do restaurador em São Pulo

















quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Como não fazer uma cola

Como fazer cola para a adesão do linóleo incrustado, couro, etc.

Esta receita foi publicada no livro Mil e um Segredos de Officinas - do autor Marcel Bourdais com a tradução de Carlos Calheiros, impresso em Lisboa no séc. XIX.

Tenho curiosidade natural pelas antigas fórmulas fico feliz quando as encontro. Confesso que nunca deixei de brincar com o meu "laboratório do pequeno alquimista". Vamos lá:
Ingredientes

Melaço5,5kg
Resina2,5kg
Copal1kg
Álcool0,5kg
Primol0,5kg
Junte tudo e obtenha uma cola.

Observação: Esta cola é imprópria para encadernação atualmente, embora tenha sido empregada em largo expectro no século XIX. Porém quando voce encontra um livro que foi encadernado em couro neste período é bastante provável que esta cola tenha sido utilizada. Não é fácil tentar removê-la.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Centenário do pintor Martinho de Haro


Centenário Martinho de Haro

Preparando os eventos culturais que, ao encargo do Museu de Arte de Santa Catarina, terão lugar no ano de 2007 para comemorar o centenário do pintor Martinho de Haro, o MASC inaugurou, no dia 19 de outubro de 2006, a sala especial permanente dedicada ao artista.

Martinho de Haro, ao lado de Victor Meirelles, se destaca como o mais importante artista plástico de Santa Catarina. É o único pintor que, tendo produzido por décadas nos limites de sua terra natal, conseguiu elevar-se como nome maior do modernismo brasileiro, sendo referência obrigatória na história da arte do país, ao par de Volpi, Guignard, Di Cavalcanti e Pancetti. Foi o artista que captou, com mais finura e expressividade, a paisagem urbana de Florianópolis, fiel a uma estética que se impôs pelo mais intransigente apuro e discreto, ainda que sutil, cromatismo.

A sala inaugurada, expõe as pinturas de Martinho que fazem parte do Acervo do MASC e, em seqüência, as que pertencem ao Centro Administrativo do Governo do Estado.
Fonte: Museu de Arte de Santa Catarina

Ensaio



No caos de sempre vou nadando. Este é o caderno que fiz observando as publicações do studio cailun. Adoraria passear em Nova York e visitar este estúdio. Tenho medo de avião, portanto só viajo pelas tutoriais. Eis o resultado de horas sem fim.
Se você tem medo de avião, filas e apagão aéreo , conheça o http://studiocailun.com/ e se divirta com as tutoriais.

Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina


A Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina foi criada na cidade de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, pela lei nº 373, de 31 de maio de 1854, pelo então presidente da província, Dr. João José Coutinho, sendo inaugurada em 9 de janeiro de 1855. Hoje é procurada por mais de 30 mil usuários/mês.

Missão
Manter, conservar e desenvolver a memória cultural do estado e promover a divulgação da cultura em geral, incentivando o hábito da leitura.

Horário de Funcionamento:
A Biblioteca está aberta ao público nos seguintes dias e horários:
Segunda à Sexta-feira:
das 08h às 19h 30min.

Endereço:
Rua Tenente Silveira, 343 - Centro
88010-301 - Florianópolis - SC
Fone (48) 3028-8063
Fax (48) 3028-8061
e-mail: biblio@fcc.sc.gov.br

Museu de Arte de Santa Catarina

visitanto o ARTECOR

Finalmente o sol e um pouco de calor. Fico bem agitada nestes dias que antecedem a primavera, me sinto como as cigarras. Dá uma vontade de cantar...Porém como vivo feito uma formiga cega, guardo a vontade de cantar e volto para o trabalho.
Hoje estive no MASC, onde me sinto em casa. Revi velhos e novos amigos; a sala Martinho de Haro, Volpi, Sclier, Rodrigo de Haro, Di Cavalcanti, Guignar, Pancetti e tantos outros. Estive nas Oficinas de Arte não resisti e fui até o ARTECOR - Laboratório de Consevação e Restauro.
Se voce tem a felicidade de viver em Florianópolis, não deixe de visitar as exposições e o melhor Cineclube do sul.
Informações sobre o Museu no link http://www.masc.org.br

terça-feira, 14 de agosto de 2007

certificados

- Os certificados estão disponíveis na Biblioteca. Horário das 13:30min. às 19:00h procure na direção da biblioteca, com a diretora sra. Elia Mara.
- A Biblioteca esta aberta ao público de segunda à sexta-feira das 8:00h às 19:00h.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Oficinas Encadernação e Marmorização de Papel


Quando outubro chegar, retomo as Oficinas em um novo local. No momento estou me dedicando a leitura. Na proxíma semana terei a noção exata do que farei, posso adiantar que será uma programação cheia de novidades e a data será durante a semana do livro e biblioteca. Aguardem só um pouquinho.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Livro que estou lendo


Música Teoria.
Encontrei esta preciosidade. Trata-se de uma cartilha intitulada Música Teoria, organizado pelas irmãs professoras de música do Colégio Coração de Jesus; impresso pela tipografia da gráfica Oriente no ano de 1966 em Florianópolis.
Transcrevo a 11.a lição.
Síncope e Contratempo
Síncope é uma nota que começa no tempo ou parte fraca de tempo e se prolonga ao tempo ou parte forte de tempo seguinte. Resulta um movimento a contra tempo, com efeito peculiar. A síncope e o contratempo produzem efeito de deslocamento das acentuações naturais.
A síncope pode ser regular, irregular, de tempo, de parte de tempo e de tempo e de parte do tempo.

Estou adorando o texto sua sonoridade, a grafia empregada e o relevo dos tipos.

domingo, 5 de agosto de 2007

Orquestra Sinfônica de Florianopolis

Confira neste link a progranação da Orquestra Sinfônica de Florianópolis.

História da OSF

A primeira Orquestra Sinfônica de Florianópolis foi fundada em 1° de junho de 1944 por Sebastião Bousfield Vieira, avô do atual regente, Maestro Carlos Alberto Angioletti Vieira. Esta orquestra encerrou suas atividades em 1963, e foi por sua vez recriada em 12 de maio de 1993 através da denominação de Orquestra Municipal de Florianópolis, já sob a regência do atual maestro. Em 1995 gravou um CD com o título "Compositores Brasileiros", registrando obras de alguns dos grandes representantes da música erudita contemporânea do Brasil, como Cesar Guerra Peixe, Edino Krieger, Zininho, Ernani Aguiar e de autoria do próprio Maestro, como a Pequena Suíte do Boi de Mamão.
( fonte - http://sinfonicafloripa.blogspot.com)

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

doce ilusão


Nada de sol. Estou me sentindo um cogumelo. Uma esponja. A umidade esta altíssima. Estamos imersos na névoa úmida. Hoje à tarde em visita a ALESC revi antigas fotos de Desterro, que triste este lugar. Tristeza que perdura. Subi o Tico Tico e não avistei mais o mar só prédios, a Ponte Hercílio Luz foi comida pelo progresso. A cidade esta inchada, os cogumelos se elevam da terra em direção ao céu. Tenho o luxo de colher abacate, admirar o vôo da Assuã, em pleno centro de Florianópolis. Aos pés do Tico Tico o trânsito caotico, cidade espichada.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Ler para viver -Flaubert

Na recente visita que fiz a minha dileta Jaqueline, conheci o livro públicado no Brasil pela Companhia das Letras - Uma História da Leitura de Alberto Manguel. Uma História da Leitura, é um denso volume sobre a formação do leitor, fala da liberdade que o ato de ler pressupõe. Cada experiência é sempre individual e portanto transgressora, nada impede que o leitor desfrute de paisagens, aromas ou costumes exóticos; textos apócrifos, as Riquíssimas Horas do Duque de Berry, o mais belo livro de Horas que se conhece.


" A leitura é a mais civilizada das paixões. Mesmo quando registra atos de barbarismo, sua história é uma celebração da alegria e da liberdade".

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Em fim o sol

Desde maio que o sol não brilhava, sempre nublado e triste. É agosto espero por dias iluminados e secos. Retomo as cianótipias, a luz está suave neste final de inverno e o vento muda de sul para sudeste. Os meus estudos cianóticos voltam a ser o centro da atenção. Consegui fazer uma Pinhole e apartir deste experimento consigo obter bons negativos para revelar e produzir uma série de cianotipias. Não quero me afundar nos problemas que afetam o mundo, o meu problema é simples e de fácil solução, basta encontrar a fórmula ideal. É claro que este é o mes mais seco do ano em Floripa a úmidade não ultrapassa os 65% logo farei uma série de papeis marmorizados. Cadernos em diversos formatos e se tiver um tempinho livre farei uma série de livros brancos seguindo as instruções de Dueña Carmencho.

Galileu Galilei

Galileu
Galileu Galilei
(Pisa, Itália, 15/02/1564 - Ancetri, Itália, 08/01/16 1642)

Ele concebeu novas formas de pensar e pesquisar. Em seus dias, foi perseguido e humilhado por causa disso. Mas a história o reconheceu como o pai da ciência moderna.
Por ter afirmado que a Terra se move em torno do Sol, Galileu Galilei, um dos gênios da grande revolução científica do século XVII, foi preso e, sob ameaça de tortura, obrigado a uma retratação humilhante. Seu julgamento pelos tribunais da Inquisição é um dos grandes marcos da história do pensamento.
Galileu representa a eterna luta entre a rebeldia e o conformismo intelectual, entre a liberdade de pensamento e a censura. E também é o triunfo da verdade sobre a mentira, embora a verdade possa ser sufocada de modo brutal, mas não indefinidamente.

Ler é o melhor remédio

XII. PRECE
Fernando Pessoa

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

Ler é o melhor remédio

Fernando Pessoa
Hino a Pã
Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa
(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artêmis, leve e estranha,
E a coxa branca, Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da àmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho exul
No bosque enredo, nos nás que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim
(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!
Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Áspide aguda, forte leão -
Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã! A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!

livros que estou lendo

Ler é o melhor remédio, retomo as minhas leituras, releio meus velhos livros. Ler o que esta na moda é como nadar a favor da corrente. Prefiro os clássicos da minha infância. As Viagens de Gulliver de Jonathan Swift, é o meu favorito . O estado, a burocracia e seus acólitos.
Como quebrar um ovo, ou os estudos da ação do sol nas fatias do pepino, suas ilhas flutuantes que sugam o trabalho dos continentes, e toda sorte de artifícios para fazer o tempo passar mais depressa. Em Laputa onde há estabilidade no serviço público, todos são pequenos tiranos; pedem licença médica, reinvindicam insalubridade, e esperam pela aposentadoria, para finalmente serem felizes. Faz um bom tempo que releio este livro, o conheço tão bem.

Reli John Donne, e embriagada pelo texto beijei a boca de quem não devia, mea culpa minha máxima culpa...

Elegia: indo para o leito

Vem, Dama, vem que eu desafio a paz;
Até que eu lute, em luta o corpo jaz.
Como o inimigo diante do inimigo,
Canso-me de esperar se nunca brigo.
Solta esse cinto sideral que vela,
Céu cintilante, uma área ainda mais bela.
Desata esse corpete constelado,
Feito para deter o olhar ousado.
Entrega-te ao torpor que se derrama
De ti a mim, dizendo: hora da cama.
Tira o espartilho, quero descoberto
O que ele guarda quieto, tão de perto.
O corpo que de tuas saias sai
É um campo em flor quando a sombra se esvai.
Arranca essa grinalda armada e deixa
Que cresça o diadema da madeixa.
Tira os sapatos e entra sem receio
Nesse templo de amor que é o nosso leito.
Os anjos mostram-se num branco véu
Aos homens. Tu, meu anjo, és como o Céu
De Maomé. E se no branco têm contigo
Semelhança os espíritos, distingo:
O que o meu Anjo branco põe não é
O cabelo mas sim a carne em pé.
Deixa que minha mão errante adentre.
Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre.
Minha América! Minha terra a vista,
Reino de paz, se um homem só a conquista,
Minha Mina preciosa, meu império,
Feliz de quem penetre o teu mistério!
Liberto-me ficando teu escravo;
Onde cai minha mão, meu selo gravo.
Nudez total! Todo o prazer provém
De um corpo (como a alma sem corpo) sem
Vestes. As jóias que a mulher ostenta
São como as bolas de ouro de Atalanta:
O olho do tolo que uma gema inflama
Ilude-se com ela e perde a dama.
Como encadernação vistosa, feita
Para iletrados a mulher se enfeita;
Mas ela é um livro místico e somente

A alguns (a que tal graça se consente)
É dado lê-la. Eu sou um que sabe;
Como se diante da parteira, abre-
Te: atira, sim, o linho branco fora,
Nem penitência nem decência agora.
Para ensinar-te eu me desnudo antes:
A coberta de um homem te é bastante.

Oficinas Relatos


Assumiu a direção da Biblioteca de Santa Catarina, a senhora Élia Mara, os problemas encontrados estão com os seus dias contados, pois o que não falta é boa vontade e muita disposição para o trabalho. Há uma equipe excelente de funcionários, e de colaboradores entusiasmados.
Quando iníciei as oficinas em 04 de maio de 2007 - no LACRE - encontrei o Laborátorio fechado. Houve uma procura relevante, e uma troca positiva. Neste curto espaço de tempo conheci pessoas lindas que lá estiveram por prazer, fizemos: moleskines, a restauração de 40 livros, muitos cadernos e trocamos muitas idéias. O LACRE - que é um bem Público - esta limpo, organizado, com prensa restaurada, guilhotina limpa. Sem custo algum para o erário e feito com carinho por todos.
Dedico este trabalho a Etelvino Vieira: Benemérito das Oficinas de Encadernação e Marorização de Papel.


"Em quanto isso ela, a terra, gira" - Galilei

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Oficinas: Encadernação e Marmorização de Papel - Relato


Fico sempre muito nervosa ... Os primeiros cinco minutos são terríveis, me dói a barriga...Até conseguir dominar os nervos demora...Porém há um acolhimento que me acalma. Estamos dentro da bilblioteca, no subsolo, no Lacre, na caverna platonica. O som da esquina barulhenta, os fragmentos de vozes, os transeuntes ocupados, o ritmo frenético dos celulares que tocam sem parar, e os dialogos absurdos. Uma parede nos separa deste caos. No interior da caverna cantarolamos tantigas de ninar, pintamos papel, nos lembramos da nossa infancia, sonhamos em limpar, organizar, conservar preventivamente a nossa memória, somos solidários e amamos o próximo, estamos em silêncio, quando hà uma voz ela nos é sempre a voz do outro. Muitas vezes um eco distante.
Nos alegra a possibilidade de restituir ao leitor o prazer de encontrar na estante o seu velho amigo, todo limpo cheiroso, conservado. O tempo passa rápido....Quando nos damos conta já é meio dia, a uma e meia já estamos todos de volta, sem pausa para o café, logo fica escuro, são seis da tarde, que pena é sexta-feira a oficina terminou.

Merci


Valeu Rosalba...Muito obrigada...Finalmente voce poderá fazer a minha oficina...heheheheh.....

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Moleskine


Não foi dificíl fazer um moleskine, me empolguei e fiz uma série. A noite não dormi direito sonhei com uma profusão deles. Logo pela manhã bem cedo , fiz dois bem bonitos.

Últimas oficinas


Estão abertas as inscrições para as últimas Oficinas de Encadernação e Marmorização de Papel. Em julho encerro este ciclo de oficinas, a partir de agosto o foco será o acondicionamento da obra em papel de Martinho de Haro, seleção e restauração de 20 desenhos inéditos que serão expostos no Museu Victor Meirelles, se a greve do IPHAN terminar antes. Rezo p/ que termine logo.


Local

Biblioteca Pública do Estado de SC
R. Ten. Silveira – 343 Centro – Florianópolis – SC

Cronograma das Oficinas

Horário : dás 8 :30 às 12 :00 horas dás 13 :30 às 17 :30 horas todas as quartas, quintas e sextas – feiras dos meses de junho e julho

Investimento

R$ 120,00 (cento e vinte reais)

Desconto: Para Estudantes: 50%
Número de vagas 05

Programa

Encadernação Básica 



Treinamento dividido em módulos: 

- Encadernação de Fascículos: costura e acabamentos. Encadernação de Folhas Soltas: teses, monografias, situação geral, modos de acabamento. Livros de Capas Soltas: troca de capas, recostura, conservação, limpeza mecânica, higienização, reconhecimento de 
problemas: encaminhamento ao laboratório de restauro, conservação, isolamento ou pequenos reparos. 




Curso de marmorização de papel


O que é: A marmorização é a técnica de decoração de papéis mais difundida no mundo. Sua origem remonta a um passado remotíssimo. Praticada pelos chineses desde o séc. VII ac difundida na europa pelos arabes . Empregada na origem como suporte para a caligrafia, a poesia e a correspondência. A marmorização de papel continua sendo utilizada tanto na encadernação de livros - nas folhas de guarda e nos cortes (superior, inferior e lateral) – também é empregada na decoração, de caixas, papéis de carta, ... etc.



Certificado emitido pela Fundação Catarinense de Cultura.

Apoio : Oficinas de Artes da Fundação Catarinense de Cultura.
Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
Ministrante: Kézia Lenderly
Informações: infolio@hotamail.com
Infolioartedolivro.blogspot.com

segunda-feira, 18 de junho de 2007

No jardim


A lagoa do peri é linda em qualquer estação, nesta época do ano é perfeita, os mosquitos estão gelados, as cobras ibernando, os turistas ausentes é quando prefiro passear no meu jardim.
A flor de maio despertou em junho, no ano passado floresceu em agosto. O sapatinho de judia faz um mes que os botões se pronunciaram, estão demorando muito tempo para abrir. Podei vigorosamente a pitangueira, mudei o desenho de forma radical, a próxima a ser podada é a piracata, os futos estão bem maduros.
Com este tempo de meleca, cinza, úmido, ora quente ora frio, com muita variação de temperatura em setembro estarei com todas as minhas orquideas floridas. A Lelia Purturata, a pata de vaca, orelha de cachorro, olho de boneca, cachinho de ouro, a cebolinha...todas exuberantes plenas ...Quero ir pescar, nadar e mergulhar na cachoeira do meu jardim . Quando setembro chegar o meu jardim será só flor ...Fico um pouco feliz com a idéia do tempo seco, sem tanta umidade. Tomara que melhore logo, que setembro venha a galope, que os dias sejam luminosos e que as cigarras vibrem, que os mosquitos piquem, que as viboras despertem do seu sono e toquem no calcanhar do turista.

Floripa uma cidade cinza

Este inverno cinza e úmido de Florianópolis é ideal p/ fotografia, a luz branca prateada, ausência total de sombras. Todas as formas possuem uma extravagante nitidez, até p/ quem é miope. Fiz uma pinhole e começo a testar. Consegui todos os quimicos exceto o papel, vou usar como negativo placas de raio x que comprei em uma casa de material odontologico, com os quais farei os negativos 15x21cm. Não adianta continuar com a cianotipia pois não há luz solar intensa, suficiente p/ queimar as imagens. Me contento em fazer os negativos com a minha Kaila. Logo que passar esta onda cinza esverdeada, mercurial, transformo os negativos em positivos cianóticos

domingo, 17 de junho de 2007

Fotos das oficinas

Ola,
Finalmente, consegui, eureka.... As a fotos das oficinas já estão publicadas .... Há um link em cima é só dar um clik

terça-feira, 8 de maio de 2007

Certificados

Sou grata a todos voces pela compreensão e pelo carinho, aprendi muito muito e fiquei mais rica!!! cada novo amigo é um tesouro inestimável...
Quanto a apostila fiquem certos q a publicarei assim q conseguir um número de imagens ilustrando cada fase.
Os certificados da 1.a Turma do Ciclo de Oficinas de Encadernação e Marmorização de Papel se encontram no "Ex -Lacre" quem não reside em Floripa estará recebendo pelo correio, posto amanhã.
Quanto as fotos posto no flirk..
aguardo notícias....

Oficinas: Encadernação e Marmorização de Papel - Relato

Oficinas de Encadernação e Marmorização de Papel

Dias das Oficinas - Turmas pela manhã e a tarde, exceto segunda-feira.

Meses : junho e julho.

As oficinas são no máximo com 5 pessoas e um mínimo de 3 pessoas.
Os horários serão os seguientes - Horário livre - chegada 8:30 saída 17:00 horas
Conteúdo dos cursos:
A modalidade das oficinas são de « Ateiler Aberto ». Isto significa que os ensinamentos se ajustam a necessidade individual do aluno. Não tem um programa específico muito menos uma direção preestabelecida. Cada pessoa desenvolverá sua habilidade seguindo o seu próprio tempo. Conclusão cada participante organiza o seu próprio programa, fundamentado nos programas sugeridos, que são os que estão públicados neste blog.
Atenção tenho limitações na àrea a saber : não trabalho com restauração de livros complexos, com encadernação em couro, não « lavo documentos », não faço «fumigação », não faço « velaturas ». O que faço : higienização com trincha e pó de borracha, remoção de fitas adesivas (não utilizo benzina), colocação de reforço, paginação, encadernação à Bradel, blocos de anotação, caderno, caixas para acondicionamento de documentos, bloquinhos, álbum para fotografias, cardápios, carta de vinho, marmorização de papel, origami modular, cianotipia . Estou aberta a novas experiências, porém a minha paciência com xaropes já se esgotou. O tipo xarope de oficina é mais uma modalidade de chato, é o "mestre". Para evitar a proliferação desta espécie, o acesso ao laboratório será mediante uma senha. Se identifique na portaria e peça p/ ligar p/ o laboratório p/ que sua senha seja liberada.
Todos os materias são providos pela oficina, assim como as ferramentas. Os alunos deverão trazer muita vontade de aprender.
PREÇOS
Os cursos tem o valor de R$ 120,00 (cento e vinte reais)
Desconto para estudantes : 50%
Ajude a salvar um livro.

domingo, 22 de abril de 2007

Programa das Oficinas


Programa
Encadernação Básica 

Treinamento dividido em módulos: 

- Encadernação de Fascículos: costura e acabamentos. 

- Encadernação de Folhas Soltas: teses, monografias, situação geral, modos de acabamento. 

- Livros de Capas Soltas: troca de capas, recostura, conservação, limpeza mecânica, higienização,reconhecimento de
problemas: encaminhamento ao laboratório de restauro, conservação, isolamento ou pequenos reparos. 

- Livros de Capas Presas: encadernação francesa: troca de lombada, conservação da capa, higienização, limpeza mecânica,
pequenos enxertos, reconstituição da lombada da capa.

Curso de marmorização de papel
O que é: A marmorização é a técnica de decoração de papéis mais difundida no mundo. Sua origem remonta a um passado distante, praticada pelos chineses desde o séc. VII ac divundida na europa pelos arabes . Empregada na origem como suporte para a caligrafia, a poesia e a correspondência, continua sendo utilizada tanto na encadernação de livros - nas folhas de guarda e nos cortes (superior, inferior e lateral) dos livros – como para decoração, em caixas,papéis de carta, ... etc.

Dias de Treinamento: 

Quarta-feiras das 09:00 às 12:00 hs das 14: às 18hs
Quinta-feiras das 09:00 às 12:00 hs das 14: às 18hs
Quintas-feiras das 09:00 às 12:00 hs das 14: às 18hs

Calendario das Oficinas

Olá,
Encontran-se abertas as incrições p/ oficina de encadernação e marmorização de papel.
Calendário das Oficinas:
Maio -
2, 3 e 4 - esgotada
9,10 e 11 - 04 vagas disponíveis
16,17 e 18 - todas as vagas estão disponíveis
23, 24 e 25 - todas as vagas estão disponíveis
30, 31 e 1 de junho - todas as vagas estão disponíveis
Junho
13, 14 e 15 - todas as vagas estão disponíveis
20, 21 e 22 - todas as vagas estão disponíveis
27, 28 e 29 - todas as vagas estão disponíveis
Julho
4,5 e 6 - todas as vagas estão disponíveis
8,9 e 10 - todas as vagas estão disponíveis
18, 19 e 20 - todas as vagas estão disponíveis
25, 26 e 27 - todas as vagas estão disponíveis
Investimento R$ 120,00 (cento e vinte reais)
Desconto: Para Estudantes: 50% -

quarta-feira, 18 de abril de 2007

II Oficina de Encadernação e Marmorização de Papel


Encontram-se abertas as inscrições para as oficinas de Encadernação e Marmorização de papel.
2a. turma.
Data: 09, 10 e 11 de maio
Local: Biblioteca Pública do Estado de SC - Laboratório de Conservação Encadernação e Restauro.
Público Alvo: Estudantes, Bibliotecários, Arquivistas e comunidade.
Investimento: R$ 120,00
Total de vagas: 15
Estudantes desconto de 50% número de vagas 03
Fúncionários de intituição desconto de 20% número de vagas 03

Programa
Encadernação Básica 

Treinamento dividido em módulos: 

- Encadernação de Fascículos: costura e acabamentos. 

- Encadernação de Folhas Soltas: teses, monografias, situação geral, modos de acabamento. 

- Livros de Capas Soltas: troca de capas, recostura, conservação, limpeza mecânica, higienização,reconhecimento de
problemas: encaminhamento ao laboratório de restauro, conservação, isolamento ou pequenos reparos. 

- Livros de Capas Presas: encadernação francesa: troca de lombada, conservação da capa, higienização, limpeza mecânica,
pequenos enxertos, reconstituição da lombada da capa.

Curso de marmorização de papel
O que é: A marmorização é a técnica de decoração de papéis mais difundida no mundo. Sua origem remonta a um passado distante, praticada pelos chineses desde o séc. VII ac divundida na europa pelos arabes . Empregada na origem como suporte para a caligrafia, a poesia e a correspondência, continua sendo utilizada tanto na encadernação de livros - nas folhas de guarda e nos cortes (superior, inferior e lateral) dos livros – como para decoração, em caixas,papéis de carta, ... etc.

Dias de Treinamento: 

Quarta-feiras das 09:00 às 12:00 hs das 14: às 18hs
Quinta-feiras das 09:00 às 12:00 hs das 14: às 18hs
Quintas-feiras das 09:00 às 12:00 hs das 14: às 18hs

Participe....
Atenciosamente Kezia Lenderly


terça-feira, 10 de abril de 2007

Centenario de Nascimento de Martinho de Haro - jornal a Noticia


MEMÓRIA
Um gigante quase esquecido
Centenário de Martinho de Haro dispara série de homenagens para resgatar o valor do modernista catarinense
JÉFERSON LIMA
FLORIANÓPOLIS
Três exposições, três livros, dois filmes e um edital de ensaio crítico são os eventos planejados para este ano para comemorar o centenário de nascimento do modernista catarinense Martinho de Haro (1907-1985). Pintor destacado na arte moderna brasileira, o artista é o personagem da comissão dos cem anos formada a partir da Associação dos Amigos do Museu de Arte de Santa Catarina. Há uma semana, o projeto principal foi aprovado pelo Fundo Estadual de Incentivo à Cultura, mas com um redução da cifra apresentada de R$ 500 mil para R$ 400 mil.
Com este valor, a comissão vai produzir um livro-inventário de 600 páginas, com praticamente um terço das pinturas produzidas pelo artista. A publicação, com mil exemplares, será ilustrada com 600 reproduções dos trabalhos de Martinho com obras de acervos da família, de particulares e de instituições públicas e privadas, além de conter uma biografia e estudos críticos.
Denominado “Martinho de Haro – Edição Comemorativa”, o livro está em fase de elaboração. Já há um levantamento do paradeiro da maior parte das telas do artista, mas a comissão do centenário disponibilizou um e-mail para localizar o maior número possível de obras do artista: acervomasc@fcc.sc.gov.br.
Um segundo livro vai ser “Martinho de Haro – Pintor de Florianópolis”, com 60 paisagens, principalmente urbanas com edição de dois mil exemplares e contendo uma biografia resumida e um breve estudo crítico. Os dois livros serão distribuídos para escolas e bibliotecas.
O terceiro evento dos cem anos é uma exposição que vai ocupar todo o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), na Capital, e será realizada durante três meses, entre setembro e novembro, com seminários e mesas redondas. Segundo o professor João Evangelista de Andrade Filho, integrante da comissão, a exposição vai exibir pelo menos 200 obras.
Outras duas mostras serão realizadas simultaneamente, também na Capital. No Museu Victor Meirelles, dedicado à arte sobre o papel, serão exibidos desenhos do pintor, e no Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa, será criada uma ambientação com objetos, fotografias e desenhos e pinturas de Martinho, recriando o ambiente do ateliê do artista. O projeto dos cem anos será lançado oficialmente em maio, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC).
Ainda este mês, a Fundação Franklin Cascaes pretende lançar o Prêmio Nacional de Ensaio Crítico Martinho de Haro, com lançamento de um livro com o texto vencedor em 11 de novembro, aniversário do artista. É possível também que a fundação produza um documentário sobre a vida do pintor. O filho de Martinho, o poeta e também artista Rodrigo de Haro planeja dirigir um filme sobre a obra do pai e acredita que os dois projetos cinematográficos sejam transformados em um só. Rodrigo não planeja um documentário jornalístico. Ele pretende fazer um filme em que o foco principal sejam as pinturas deixadas por seu pai.
Para Rodrigo, “ainda não se atentou para a dimensão de Martinho para o modernismo brasileiro”. Ele, que conviveu 45 anos com o pai, diz que presenciou as referências especiais de Di Cavalcanti à obra de Martinho e à influência do modernista catarinense na obra de Pancetti. “O que foi aprovado para produção dos eventos ainda é muito pouco. Acho que somos ainda filhos da lua, vivemos na penumbra cor de leite e com o espírito muito vago”, diz o artista, que ainda espera que a sensibilidade de empresários amigos de Martinho viabilize a itinerância da exposição do Masc por grandes museus nacionais em 2008.
Rodrigo avalia que um grande artista não prospera isoladamente e a existência de Martinho de Haro é a indicação de um grande círculo de ouro nas artes plásticas de Santa Catarina. Na opinião dele, é preciso destacar ainda o idéario modernista dos artistas de seu tempo, que integraram um círculo de arte moderna com a criação do Museu de Arte Moderna de Santa Catarina em 1949, e a sensibilidade de Martinho ao registrar Florianópolis, a cidade que escolheu para viver.

jeferson.lima@an.com.br

BIOGRAFIA
Martinho de Haro (ao lado, em auto-retrato de 1928) nasceu em São Joaquim em 1907. Aos 20 anos, estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Henrique Cavalleiro e Rodolfo Chambelland. Em 1937, conquistou o prêmio de viagem à Europa no Salão Nacional de Belas Artes. Seguiu então para Paris, e lá estudou com Othon Friesz, na Academia da Grande Chaumière. Com os problemas gerados pela Segunda Guerra Mundial, interrompeu os estudos em 1939. De volta ao Brasil, fixou-se em Florianópolis. Morreu em 1985.

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Sem preconceitos
Outro projeto para marcar o centenário de Martinho de Haro é um livro com 680 desenhos do artista, que também será distribuído para escolas e bibliotecas. Este produto não está incluído nos R$ 400 mil aprovados pelo Fundo Estadual de Incentivo à Cultura.
Recuperados, catalogados e digitalizados por Kezia Lenderly, a coleção de desenhos pertence à família De Haro. Kezia relembra que Martinho desenhava compulsivamente e não tinha preconceito com o suporte: utilizava desde papel de pão a papéis sofisticados.
Nos desenhos recuperados por Kézia há imagens de casario, mulatas, cavalos, muitos nus (sempre o feminino) e igrejas. Há ainda estudos para as pinturas em óleo sobre tela, eucatex e madeira criados pelo pintor. (JL)

terça-feira, 27 de março de 2007

Estudos Cianoticos

Com a chegada do outono, o céu na ilha de Santa Catarina é límpido os tons de azul no fim da tarde se multiplicam, o sfumatto deixaria Leonardo tonto. A luz é quase difusa e as sombras duras desaparecem, o calor se abranda.
É minha estação favorita, começo a expor ao sol os meus fotogramas, esta luz mais branda requer um tempo maior de exposição, levo entre 20 a 30 minutos por fotograma, é muito tempo, porém o resultado é surpreendente. Lenta e gradual a luz desenha a imagem no papel preparado segundo a fórmula original inventado em 1842 por Sir John Herschel, baseando-se na descoberta que determinados sais de ferro são sensíveis à luz. A Cianotipia é um sistema de impressão negativo-positivo, a imagem aparece diretamente no papel e se transforma em permanente mediante uma lavagem com água. A àgua é o quimico revelador, o vinagre intensifica o azul. Os gregos demonimavam o azul intenso de Cyano de onde deriva o seu nome Cianotipia, também é conhecida pelo nome de ferroprussiato, que se devida do composto chamado azul da Prússia ou ferricianeto férrico.
A fómula original é:
Solução concentrada A
Citrato férrico amoniacal (verde) 25g. água a 15°C até completar 100 ml.
Solução concentrada B
Ferricianeto de potássio 8g. Agua a 15°C até completar 100 ml.
Unir a solução A+B na mesma quantidade quando misturadas elas se conservam por pouco tempo.
Procure usar papéis que possam ser lavados de boa gramatura, os Arches mais pesados são os melhores. Quando estiver emulsionando os seus papéis, o faça abrigado da luz intensa, deixe que sequem naturalmente, em um local escuro e ventilado. Faça uma prensa usando duas placas de vidro, é importate que o contato esteja bem prensado, entre as duas placas de vidro. Faça um sanduíche: uma placa de vidro 5mm + um cartão + o papel emulsionado + folhas (as de avenca são lindas) + a placa de vidro, prense, use uns grampos, exponha ao sol, quanto mais tempo, mais intenso será o azul. Depois de 20 min lave em água corrente até sair um tom esverdeado, são mais 10min, troque à água e acrescente umas 5 gotas de vinagre, aguarde uns 3min, volte a lavar por mais 1min deixe secar na horizontal e à sombra.
Atenção embora seja de baixa toxidade, se proteja, use luvas.
Não se preocupe se os resultados iniciais não forem satisfatórios, continue tentando, começe com folhas, pequenos objetos, relaxe e saiba que não há tutorial melhor do que a prática, lembre que a paciência é o hábito do monje.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Oficinas: Encadernação e Marmorização de Papel


Oficinas de Encadernação e Marmorização de Papel.

Data: 02, 03 e 04 de Maio

Horário: 8:30h às 12h e das 13h30min às 18h

Local: Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
Rua Tenente Silveira, 343 – Centro de Florianópolis - Laboratório de Conservação, Restauração e Encadernação.

Ministrante: Kézia Lenderly O Cunha

Inscrição: até 30/04/07 por email - infolio@hotmail.com
Tel: 48 3222 6310

Investimento: R$ 120,00 (parcela única)
- Inclusos: pasta, apostila e certificado .
Estudantes: desconto 50% - número de vagas - 03
Funcionários das instuições ligados as Bibliotecas comunitárias - desconto de 20%
Bibliotecas escolares de Santa Catarina - Desconto de 20%

Número de Vagas - 15

Objetivo: Possibilitar ao aluno o conhecimento do ofício e da arte da Encadernação.
Capacitá-lo para o desenvolvimento prático de técnicas que possam ser empregados com o mínimo de material e estrutura.

Metodologia
1º Módulo
Breve história da encadernação.

- O livro como suporte da arte e da escrita.
- Estilos de Encadernação
- Escolha dos materiais - tipos de papéis e papelões.
- Colas

Ação preventiva no manuseio do livro.

- Anatomia do livro.
- Higienização, desmonte, limpeza manual, pequenos reparos, colocação de reforços, montagem e encadernação.

Encadernação

- costura básica para encadernação de livros - folha solta e em cadernos
- acabamento.
- endereços úteis, bibliografia e sites para consulta.

2º Módulo

Marmorização de Papel

- Breve história da Marmorização de Papel
- Estilos de Marmorização - Com gelatina, com pasta e com água .
- Materiais empregados na marmorização de papel.
- Endereços úteis, bibliografia e sites para consulta.

Obs: Todo o material utilizado durante as oficinas estão inclusos no valor da inscrição.

Ficha de Inscrição

Nome Completo: ___________________________________________

Instituição: _______________________________

Localidade: ______________________ CEP: ___________

E-mail: ________________________________

Tem conhecimentos sobre encadernação: □ Sim □ Não

Assinatura do Candidato ____________________________________________

Data da recepção _____ /_____/ 2007

Apoio: Fundação Catarinense de Cultura - Oficinas de Artes - Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Fotogramas Cianóticos

Já se passaram 15 anos porém soa no meu ouvido a vóz grave do médico na emergência do hospital "a paciente esta cianótica PA zero". Foi aprimeira vez que me deparei de frente com a morte, aquele corpo inérte e um azul profundo em sua face. Foi um longo caminho até que por fim o sorriso e um belo ruge voltou a lhe tingir as maçãs.
Foi desta forma que conheci os tons azuis profundos, e os semi tons violáceos que caracterizam a cianotipia. Voltei a encontrá-los há pouco tempo quanto fiquei sem máquina fotográfica, e premida pela necessidade de sobrevivencia descobri a cianotipia, o azul da prussia, os sais de ferro.
Encontrei muitas fórmulas passei todo o inverno testando. Descobri a beleza rara e única de um fotograma.
É tão simples, tudo que tu necessitas são duas placas de vidro, papel tratado com sais de ferro, folhas, flores, pequenos objetos que quando expostos a luz do sol registram a imagem, para revelar basta água. O resultado são imagens únicas imaterias. E o melhor, não é preciso uma leica.
A morte e o azul da prussia caminham bem próximo por tanto não deixe de tomar cuidado. A ingestão e o contato prolongado com a pele te levarão a emergência do hospital e te asseguro que mesmo que tentes o ruge não voltará .

Caixas com papel


caixas com papel

cadernos costurados em varios estilos



Cadernos estilo copta

Cadernos

Em Florianópolis não há cursos de encadernação, menos ainda de restauração de papel e caos avança quanto se trata de marmorização de papel. O caminho que percorrir foi árduo, durante tres anos pesquisa, lendo e praticando todas as tutoriais que encontrei na web, cheguei há um bom termo, tanto técnico quanto teórico. Fico surpresa quando sou procurada para ministrar cursos sobre os processos de encadernação e pequenos reparos em livros. A surpresa vai além, quando encontro pessoas que fizeram cursos em S. Paulo e sequer ousam trocar idéias sobre encadernação. Há um medo muito grande elas são cheias de mistérios e segredos de oficio. Quando mostro o trabalho que realizo cotidianamente, perguntam-me com quem aprendi, repondo com uma lista de links e me disponho a compartilhar a informação.
O caminho da marmorização de papel foi até surrealista, a procura pelo fel de boi foi um delírio, a proprietaria da única loja de material para pintura me disse que eu fosse procurar no frigorifico, não desisti, falei com o meu açougueiro, ele me assegurou que havia nos matadouros clandestinos de Tijucas . Liguei para um obscuro matadouro, e a informação foi: "a Renner compra todo o estoque e portanto não temos para vender no momento, que esperasse mais uma semana". Uma semana é uma eternidade, voltei p/ web e encontrei o sitio da winsor e newton a seguir a palavra mágica oxgall. Voltei à loja de material de pintura e sem dar a mínima para o vendedor em contrei 04 vidros do precioso líquido. Para comprar sulfato de alumínio foi mais fácil, andei por todo o continente, nas lojas de produtos para laboratório e nada. Não desisti, encontrei na lista o telefone de um representante comercial. De volta à ilha 05 horas depois cá estava feliz da vida com um kilo de sulfato de aluminío...hehehehe
É claro tive que fazer os pentes descobrir a temperatura ideal da água, muitos erros e muitos acertos também. Porém eu consegui. E guardo com carinho as primeiras amostras dos padrões históricos, principalmente dos que não deram certo na primeira tentativa, aprendo muito com eles.
Agradeço a Leda que sempre me apoiou nas minhas pesquisas, ouve toda a lamuria e partilha dos momentos felizes no laboratório do arquivo. Agradeço a AnaLúcia pela enorme paciência, eu sei que não é fácil aturar uma criatura monotemática.