Popular Posts

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

vou-me embora para passargada

Ler para viver..

O bom senso é sempre algo que me faltou, porém vir passar as férias em Florianópolis é o cúmulo.  Falta tudo, água, saneamento básico, sobram as bichas,  até os putos reclamam da canícula. Nessa hora ponho a leitura em dia. Hoje li Vou-me embora pra Pasárgada ao revés é claro ...
Vou-me Embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei


Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive


E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada


Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar


E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.





Manual do perfeito idiota latino americano

Ler para viver...


O calor se torna insuportável, Florianópolis é um tédio, fila, transito, e turistas. Não entendo a mentalidade dessa gente, adoram uma fila, turista é sinônimo de uma longa bicha, lenta e suarenta onde quer que voce vá lá esta ela, serpenteando e fedendo a sovaco. Para desopilar um pouco e fugir desse ambiente pouco hospitaleiro estou lendo o Manual do perfeito idiota latino americano, faz bem para o espírito, pelo menos posso desfraldar a bandeira do riso.




Eis a descrição do idiota na apresentação, redigida pelo escritor peruano Mário Vargas Llosa, à obra Manual do perfeito idiota latino-americano, de Plínio Apuleyo Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa. 

O livro traça, com humor, o perfil do sujeito que freqüentou universidade e, depois, passou a militar nos sindicatos, nos partidos, nas ongs e outras associações que se dizem sociais, bancadas com o nosso dinheiro,  quebra com os mitos e heróis da America Latina. Segundo o autor a idiotice é deliberada, "pura preguiça intelectual, apatia ética e oportunismo civil".
Os clássicos da biblioteca do perfeito idiota latino americano que é formada  por um conjunto de frases - clichê - meia dúzia de títulos que ele, diz ter lido. Fato incrível pois o ato de ler implica em reflexão. Segundo os autores o idiota latino-americano é um bom leitor -"não lê da esquerda para direita como os ocidentais e nem da direita para a esquerda como os orientais, no entanto conseguem ler esquerda para esquerda".
Afinal o que lê o idiota? O livro cita alguns clássicos entre eles o Livro entre os idiotas é As veias abertas da America Latina, seguido pela A história me absolverá, A guerra de guerrilhas, Para ler o pato donald, Desenvolvimento e dependencia da America Latina, A teologia da libertação.

Estou dando boas risadas o texto é ágil e divertido, porém cuidado voce corre o risco de esbarrar com algum empedernido defensor da "democracia Cubana" esse tipo não tem humor, já passou dos quarenta, sua profissão é berrar palavras de ordem - Cuba si, Cuba si yank no, viva a reforma agrária viva a revolucion...Empinando um copo de cerveja e pedindo vida longa ao ditador..




domingo, 27 de dezembro de 2009

Adelante camarada




A blogueira cubana diz que as chamadas "conquistas da revolução" são um
mito e que só quem nunca morou na ilha pode ter admiração por seu regime...
                     
 Sobre Yoani Sanchez leia http://desdecuba.com/generaciony/



foto de Yonni Sanchez

Nas manhãs de sábado quando me reuno com alguns amigos no  Mercado Público, sou instigada por um fanho, revolucionário, ardoroso defensor de Cuba. Relevo tal figura, cada um tem sua fé, penso que faz parte do folclore da Ilha de Santa Catarina. Qual nada, ledo engano, o meu, o tipo defende a mais antiga ditadura con todo su coraçon. Não é para levar a sério, afinal estamos dividindo um espaço público, porém o indigitado camarada, prega o comunismo com um copo de cerveja em punho (sic!), se diz bolivariano. Até ai tudo bem, vivo em um país democrático onde todos tem direito a livre expressão. Fui relevando, porém neste sábado aquela voz anazalada se apróximou e tocou no meu tendão. Começou a falar que este país é una mierda etc.. Lhe ofereci  uma passagem de ida para Cuba, e como sou generosa, mais um colete para fugir a nado até Maiami. Pois não é que o homunculus se acalentou e continuou a falar impropérios desse país que o acolheu, foi a senha ... 
Águas passadas, hoje procurei ler mais sobre esta ilha paradisíaca do Caribe - a disneylandia das esquerdas nos anos 80 -  li a matéria publicada pela veja  intitulada as tres mentiras de Cuba, procurei saber mais sobre Yoani Sánches, que lança um convite: "Convido quem vê Cuba como um exemplo a vir para cá, sentir na pele como vivemos." Entonces, adelande, adelante camarada.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

S.O.S Biblioteca Pública

SOS Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina, mais um ano se passou e a condição da Biblioteca, é lamentável. No entanto sobra dinheiro público para o Natal, o maestro e et caterva.
Veja o video.

Gregório de Matos



leia em:  Gregório de Matos

  cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro.
que nos quer governar cabana, e vinha, 
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
 

Por consoantes que me deram forçado

Neste mundo é mais rico o que mais rapa;

quem mais limpo se faz, tem mais carepa;

com sua língua, ao nobre o vil decepa;

o velhaco maior sempre tem capa.


Mostra o patife da nobreza o mapa;

quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;

quem menos falar pode, mais increpa;

quem dinheiro tiver, pode ser Papa.


A flor baixa se inculca por tulipa;

bengala hoje na mão, ontem garlopa;

mais isento se mostra o que mais chupa;


para a tropa do trapo vão a tripa,
e mais não digo;
porque a Musa topa
em apa,
em epa, em ipa, em opa, em upa.

Feliz Natal


São os  votos da Equipe do blog.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bonefolder


Novo número da mais conceituada revista eletrônica: bonefolder. Aprenda com especialistas, saiba como encadernar, fazer douração, pequenos reparos em couro, livros do artista em fim divirta-se!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Antes do caos

foto de Solon

Antes do caos se instalar em Florianópolis, eu estava bem feliz trabalhando no Centro de Memória da ALESC. Meu local favorito, tenho bons amigos e um ambiente fresquinho. Lá fora a canícula, o caos instalado, trânsito, calor, e muito  barulho. O Amilton com sua sabedoria de homem do mar me avisou - o calor esta insuportável e pode te preparar para trovoada - sai do paraíso e cai no inferno 37.C muito abafado, em segundos o céu escureçeu e um assopro vindo do mar levantou uma nuvem de pó, as pobres árvores foram arrancadas, o mar recuou e uma onda gigante varreu o Pantano do Sul, destruindo casas, barcos e ferindo pessoas, nada igual havia ocorrido e sinto que é só o começo.

Pós caos - cortei a mão com o bisturi, bati com a cabeça na quina da mesa...E continuo aguardando pela restauração do quinto império...O que me resta fazer se não, sentar e ler. Retomo a leitura de Vieira - Primeiro Sermão da Terceira Dominga do Advento - é um consolo para este dias de imobilidade e calor.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A gora no twitter

Saiba o que estou fazendo em http://twitter.com/keziatokelau

Manual de Encadernação



Lenormand, S. Encyclopédie Roret: Noveau manuel complet du relieur en tous genres contenant les arts de lássembleur, du satineur, du brocheur, du rogmeur, du cartonneur, du marbreur dur trancher et du doreur sur tranches et sur cuir, Roret, Paris - 1853.

Leia a Enciclopédia na integra em:  http://gallica2.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k2059979


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O rio da minha aldeia - arapiuns

    O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, 
    Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia 
    Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
     O Tejo tem grandes navios E navega nele ainda, 
    Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
     A memória das naus.
     O Tejo desce de Espanha 
    E o Tejo entra no mar em Portugal. 
    Toda a gente sabe isso.
     Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia 
    E para onde ele vai
     E donde ele vem. 
    E por isso porque pertence a menos gente, 
    É mais livre e maior o rio da minha aldeia. 
    Pelo Tejo vai-se para o Mundo. 
    Para além do Tejo há a América 
    E a fortuna daqueles que a encontram. 
    Ninguém nunca pensou no que há para além
     Do rio da minha aldeia. 
    O rio da minha aldeia não faz pensar em nada. 
    Quem está ao pé dele está só ao pé dele.   
     Alberto Caeiro

A mestra com carinho - Im Memoriam



Gersonita, minha professora  de língua portuguesa - partiu.
Guardo sempre a lembrança dos dias idos.



LÍNGUA PORTUGUESA
Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o tom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!



Leia mais em http://www.jesocarneiro.com/morre-em-manaus-a-professora-gersonita.html

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Oficina de Encadernação - A invenção da Roda


A invenção da Roda foi a grande conquista da humanidade, ouso afirmar. Porém em pleno século XXI - há quem diga que não estamos em tal contagem - continua a crescer o número de gente criativa que se auto intitula dsigner logo a descoberta  da Roda e sua aplicação no mundo.  Movidos por um fervor religioso registram a patente da descoberta  e giram em torno do flamante sol umbilical.
Observando o quanto anda aquecido o mercado de pessoas que procuram por uma cópia mais barata e exclusiva do Moleskine - a Roda da vez, proponho uma  oficina de encadernação para  novembro. É um convite para voce que quer simplesmente fazer um caderno. Um caderno único feito por voce no melhor estilo - fui eu quem fiz!
O material empregado esta incluso no valor da oficina, papéis marmorizados, papel de parede, couro, tecidos, elásticos, fitas... O atelier possui : prensas, guilhotina, tipografia e outras tantas ferramentas que dão suporte ao fino acabamento do seu produto.
Lembre-se é exclusivo porquê será feito por voce, porém não é original uma vez que a Roda já foi descoberta há muito tempo e o Moleskine também.
Caso você não resida em Floripa tem este link que demonstra - pas a pas - como fazer, avanti!  Em quanto isso ela gira, afirmou Galileu.

http://michaelshannon.us/makeabook/

sábado, 17 de outubro de 2009

EXTRA ...EXTRA ... Não deixe a Barca afundar. Enquanto isso o senhor governador, o prefeito e o resto da penca escolhem sapatilhas na Russia

A Barca dos Livros é obrigada a suspender parte de suas atividades por falta de recursos, devido ao não cumprimento, pelo poder público, dos prazos de liberação de verbas previamente planejadas e encaminhadas aos órgãos competentes do Município e do Estado.

Pedimos ATENÇÃO e RESPEITO para com o Projeto. Somos uma Biblioteca Comunitária que atende GRATUITAMENTE e com horários flexíveis, aberta aos sábados e domingos, com uma intensa agenda cultural para todas as idades. Fiéis ao nosso principal objetivo - a democratização do acesso ao livro e à leitura e a conseqüente formação de leitores beneficiamos uma média mensal de 2.000 pessoas. Se você valoriza a BARCA DOS LIVROS, manifeste sua solidariedade, ajude-nos a sensibilizar as autoridades competentes e ajude-nos financeiramente, dentro de suas possibilidades, nesta fase difícil.

 Você pode apoiar o Projeto: qualquer quantia em dinheiro é importante. Entre em contato conosco ou deposite sua doação no Banco do Brasil, Ag. 3185-2 - CC 13.058-3.
CNPJ 06 022 478/0001-07.
 Seja um Proeiro da Barca, depositando parte do seu Imposto de Renda, com 100% de desconto na declaração de 2010, usufruindo da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Informe-se pessoalmente na Biblioteca ou pelo telefone 38793208.
 Se você possui livros atrasados, com multas para serem pagas, por favor, regularize sua situação, observando o novo horário.

Novo horário de atendimento: de terças a sextas-feiras, das 14h às 18h. (Sábados e domingos a Biblioteca estará FECHADA).

SUSPENSÃO TEMPORÁRIA das Atividades de Incentivo à Leitura: A Escola vai à Barca, Histórias na Barca dos Livros (passeio de barco), Quintas Literárias, Encontro com o Autor, Sarau de Histórias, Domingo de Prosa e Verso, cursos e oficinas.

Com o apoio de todos esperamos retomar breve todas as atividades e o atendimento em tempo integral. Agradecemos sua compreensão!

Saiba mais em  http://www.amantesdaleitura.org/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Oficina de Encadernação na Barca dos Livros

A Biblioteca Barca dos Livros localizada na Lagoa da Conceição é fascinante, natureza, livros, muitos livros e um delicioso café. Foi neste belo cenário que na semana passada aconteceu a oficina mais charmosa de encadernação e pequenos reparos.
Muito obrigada a todos!




sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Digo não a censura


Caro Mosquito, censurar o teu blog é fim da picada. Perém vale ler e refletir quem são os teus sensores? São os mesmos para quem tu com o teu entusiasmo estudantil empunhavas a bandeira, gritavas palavras de ordem a plenos pulmões na Praça XV.
 Como escreveu o Janer    é a mexicanização da política no Brasil. Após a Revolução de 1910, o México foi governado durante sete décadas por um único partido, o Partido Revolucionário Institucional, o PRI. Sob a aparência de democracia, durante sete décadas o México viveu uma ditadura. Este é o sonho de todo marxista. Tanto que as ditaduras do mundo soviético adoravam apresentar-se como “democracias populares”. Filhos espirituais de Marx, os petistas não pensariam diferente. E digo mais, não agem diferente. Que saudades da ditabranda hem Muska! 
Não compartilho das tuas posições, porém defendo o direito fundamental a livre expressão. Se me omito diante da censura que querem impor a ti, assino a minha própria . É capitular sem luta e isso Não. 
Que os teus censores mofem cá bomba na balaia!
Leia os tijoladas do Mosquito em  http://tijoladasdomosquito.com.br/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Oficina de Encadernação


Rua Senador Ivo d'Aquino, 103
Lagoa da Conceição em frente ao trapiche
(048) 3879-3208

Horário de funcionamento
De 3ª a 6ª das 10h às 20h
Sábados e domingos das 14h às 20h



Data: 06 a 09 de outubro de 2009
Público Alvo: Estudantes, Bibliotecários, Arquivistas e Comunidade.
Investimento: R$ 120,00
Total de vagas: 10
Inscrição na secretaria da Barca dos Livros -

Programa
Encadernação Básica
Treinamento dividido em módulos:
1. Encadernação de Fascículos: costura e acabamentos.
2. Encadernação de Folhas Soltas: teses, monografias, situação geral, modos de acabamento.
3. Livros de Capas Soltas: troca de capas, recostura, conservação, limpeza mecânica, higienização.
Carga horária: 20 horas
Dias de Treinamento: terça a sexta-feira das 14 às 18 horas.

Os materiais utilizados estão inclusos no valor da oficina

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

sem pontuação

Sem tempo para ler pesquisar ir ao cinema nestes tempos de gripe suína o bom mesmo é passear passear é para quem pode basta ligar pro chefe e dar um espirro pronto livre para ficar lagarteando mirando as baleias que delícia quem me dera tenho muito pra fazer me sinto como o burro da fábula não o burro do saco de algodão porém o burro da carga de sal infinitamente complicado se não pudesse nem te ouvir cantar só por ouvir a tua melodia fico contente o inverno se torna cálido e a primavera chegará mais cedo...

domingo, 2 de agosto de 2009

Curso de Conservação e Restauração em Porto Alegre

ARQUIVO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO SUL
PROMOVE
CURSO DE CONSERVAÇÃO-RESTAURAÇÃ O DE DOCUMENTOS, LIVROS, JORNAIS E PALEOGRAFIA
LOCAL: RUA SETE DE SETEMBRO, 1020, 2º ANDAR, SALA 17/20, CENTRO, PORTO ALEGRE – RS.
INSTRUTORES: SÍLVIA M J BREITSAMETER, EVANGELIA ARAVANIS, VANESSA CAMPOS.
PERÍODO DO CURSO: 18 DE AGOSTO DE 2009 A 27 DE NOVEMBRO DE 2009
TURMAS: I-MANHAS - TERÇAS E QUINTAS-FEIRAS, DAS 9H ÀS 12H.
II -TARDES - TERÇAS E QUINTAS-FEIRAS, DAS 14H ÀS 17H.
III - MANHAS E TARDES DE SEXTAS-FEIRAS, DAS 9:30H AS 12:30H E DAS 13:30H AS 16:30H.
CARGA HORÁRIA: 120 HORAS/AULA VALOR DO CURSO INTEGRAL: R$ 960,00
O CURSO PODE SER FEITO POR MÓDULOS. CONTATO: (51) 3221-0825/9946- 6206 – silvia.restauro@ terra.com. br
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

Módulo I
Conservação-restauraçã o de documentos.
História do papel, o que é marca d'água, dicas úteis para preservação de livros e documentos em papéis, fatores de degradação do papel, pragas mais freqüentes, medição de ph e controle de acides do papel, reconhecimento de pigmentos e de papéis das obras apresentadas por alunos, tratamento químico do papel, principais papéis empregados na restauração de livros e documentos, porque conservar/restaurar , procedimentos do restauro, manchas mais freqüentes e soluções, reestruturação do documento, código de ética do conservador- restaurador, embalagem para armazenamentos de documentos.
Higienização documental e de acervo bibliográfico.
Conservação-restauraçã o de Jornais.
Identificação dos fatores de degradação dos jornais, reestruturação, velatura e laminação de jornais degradados, alcalinização e planificação de jornais, pastas para armazenamento.
Paleografia
História da paleografia e história da escrita. Normas técnicas para transcrição paleográfica e edição de documentos manuscritos, aulas práticas de transcrição paleográfica com reconhecimentos da linguagem de época e sua conotação/denotaçã o.

Módulo II
Conservação-restauraçã o de livros (nível I).
História do papel e da encadernação, dicas úteis para preservação de livros e documentos em papéis, fatores de degradação do papel, principais papéis empregados na restauração de livros, porque conservar/restaurar , reconhecimento das partes do livro, solução de problemas de acervo bibliográfico como capas soltas, lombadas danificadas, cantos de livros amassados ou rotos, perdas de revestimentos de lombadas e pastas, costuras danificadas, folhas soltas e código de ética do conservador- restaurador.

Sílvia M J Breitsameter
(51) 99466206


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pra ti em quanto somos vivos

tenho claro em mim o dia em que te vi ia navegando em minha minúscula canoa guiada pela luz da candeia quando tu saltaste na minha direção era o boto sinhô era o boto sim sinhô  o boto  de terno branco gravata rosa sapato de duas cores perfume francês borges mil e uma noites quixote lendas orientais contos fantáticos go xadrez poe saramago umberto eco sócrátes agripa miltom valente aulas de latim gramatica pelo metodo confuso tintas lápis papel cadernos miragem sonhos de zamzibar frescal de são joquim do suco morno da maça gala dos tempos do salvador dali calor teatro  vinho música cinema filha no colo lianas és boto sim sinhô sempre tua k

quinta-feira, 18 de junho de 2009

a tonga da mironga do kabuletê - sem delongas

Este post é dedicado a todos os criticos do meu blog em especial  censores e auto - indigitados em verdade eu os amo sem eles minha vida seria um tédio


a tonga da mironga do kabuletê


Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê

Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô

Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê

Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tatamirô

Na minha terra, tomei muitos  banhos de cheiro. Hoje me lembrei dos perfumes inebriantes do quintal da minha casa. Do cheiro forte do patcholi, da mangerona, das mangueiras em flor, da catinga de mulata, do alecrim do norte, do pau rosa, do latex,  do cedro, do forte odor do coentro. Estas lembranças me foram atiçadas quando ouvi as histórias contadas por Janaina.  Janaina me falou de sua avó, das histórias do morro do 25, do quintal de sua família, de sua tia benzedeira, sobre os Orixas. Pelas dúvidas perguntei qual seria o meu, sem exitar respondeu que seria melhor consultar sua sua tia, porém ela tinha uma leve suspeita que seria algum deus ligado a natureza, as plantas, as ervas de cura. Me disse que eu não precisava me preocupar por que o meu guia se manifestaria a qualquer momento.

Fechei as portas do meu atelier na hora canônica, no meio do caminho para casa esbarrei  com Efrem um maranhense criado no Pará. Ele me parou no meio da calçada e começou a cantar:

Apanha folha por folha, Tatamirô
Apanha maracanã, Tatamirô
Eu sou filha de Oxalá, Tatamirô 
Menininha me apanhou, Tatamirô

Xangô me leva, Oxalá me traz
Xangô me dá guerra, Oxalá me dá paz

Apanha folha por folha, Tatamirô
Apanha maracanã Tatamirô
Eu sou filho de Ossain, Tatamirô
Menininha me adotou, Tatamirô

Oxalá de frente, Xangô de trás
Xangô me dá guerra, Oxalá me dá paz

Apanha folha por folha, Tatamirô
Apanha maracanã, Tatamirô
Eu sou filho de Ogun, Tatamirô
Menininha me ganhou, Tatamirô

Apanha folha por folha, Tatamirô
Apanha maracanã, Tatamirô
Eu sou filha de Inhansã, Tatamirô
Menininha me batizou, Tatamirô

Apanha folha por folha, Tatamirô
Apanha maracanã, Tatamirô
Ela é a Mãe Menininha do Gantois 
Que Oxum abençoou, Tatamirô

Oxalá me vem, todo mal me vai
Xangô é meu Rei, Oxalá é meu pai.

Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho


Sou feliz não preciso consultar os deuses, eles se manifestam nas esquinas, basta ouvi-los... 


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Codex Gigas


representação do diabo
Quando no ocioso domingo de Páscoa estava praticando meu esporte favorito, que é navegar pelos canais da tv encontrei uma matéria que me chamou atenção - O Codex Gigas ou a Bíblia do Diabo.  Em princípio como se tratava da história de um manuscrito produzido na Idade Média me detive. Fiquei tomada pela ideia, me quedei paralisada diante do tamanho do livro com 90cm de comprimento 50cm de largura, 22cm de espessura 70kg é o maior manuscrito medieval. Sua ventura ao longo da história é por si só fascinante, o próximo passo foi procurar ler tudo o que encontrei na rede. É claro que não faltam bobagens, descrições repetitivas, ocultistas, gente de toda a lavra, especulam sobre a origem do Codex, atribuem ser obra de um único escriba, que teria sido condenado ao emparedamento, para redimir-se propôs escrever um único livro que seria a glória do seu mosteiro. No ano de 1295 o monge apócrifo começa o seu labor, levou 20 anos escrevendo e desenhando. A maioria dos textos que li se referem a figura central - uma representação da figura do Diabo - confesso que não achei grandes coisas é uma representação tosca da figura de Pan
capa do codex
O que me interessou foi:  
1. O suporte - Pergaminho -foram necessários para tal feito o abate de 160 burros jovens. 
2. As tintas empregadas - ouro, prata, lápis lázuli, pau-brasil, terra de ciena
3. A singularidade das Capitulares . 
4. A disposição do texto em duas colunas. 
5. A encadernação capa em madeira revestida com pergaminio e cantoneiras em bronze.

 Muitas perguntas ficaram sem resposta para mim. Sofreu alguma restauração? Qual o tipo de costura empregado? A cola provavelmente de gelatina animal? A linha e que o costurou? Qual a temperatura em que se encontra? Nestes séculos de existencia, sobreviveu a tantas  guerras, e a outro tanto de incêndios como foi possível manter o seu frescor?
Em suas 300 páginas escritas em Latim contém histórias Bíblicas, histórias checas, trabalhos do historiador judeu José Flávio que viveu em Roma no primeiro século de nossa época, as famosas "Orígines" do arcebispo Santo Isidoro de Sevilha séc VII e tratados sobre o corpo humano de Galeno.
Tudo indica que este Codex seja o resultado da dedicação de toda uma vida. Uma vida inteira dedicada a uma única obra. Suas mãos foram embalsamadas, e permanecem em algum relicário de algum mosteiro beneditino. Sequer saberei o seu nome, porém sua obra continua a fazer fortuna.
Li os textos que são uma maravilha, porém a própria história da sobrevivência do Codex é o meu texto favorito.
Tudo começa no Mosteiro Beneditino de Podlazice, onde o manuscrito foi elaborado no século 13. Os monges se endividaram e tiveram que empenhar a sua jóia.  Em 1295 a Bíblia do Diabo foi resgatada pelo mosteiro Beneditino do de Brenov em Praga, durante as guerras dos Hussitas e a seguir a Guerra dos trinta anos de 1618 11648  no século XV o Livro permaneceu guardado no inexpugnável mosteiro de Broumov na Boémia Oriental. Em 1594, o imperador Rodolfo II o resgatou da obscura cela do monastério de Broumov, e o incorporou a sua explêndida coleção de objetos raros. Quando as tropas protestantes suecas tomaram o castelo de Praga em 1648, se apoderaram de toda a coleção de RodolfoII. Desde então o Codex permanece na Biblioteca Real de Estocolmo. Desde o  século XVII o Codex saiu raras vezes da Suécia a primeira vez em 1970 quando foi exibido no Museu Metropolitano de Nova Iorque, e oito anos mais tarde em Berlim.
A terceira vez que saiu da Biblioteca foi após anos de negociações. Negociações que se iniciaram no século XIX entre a república Theca e o governo sueco. O Codex foi levado  a Praga para uma breve exposição e retornando em seguida a Suécia, onde se encontra na seção das obras raríssima da Biblioteca Real de Estocolmo.
Fiquei feliz por tê-lo encontrado e folheá-lo virtualmente foi o prêmio maior que obtive. Meu corpo  se tornará pó e o Codex permanecerá encantando, criando mitos, inspirando neofitos para todo o sempre.
Fontes: