Já se passaram 15 anos porém soa no meu ouvido a vóz grave do médico na emergência do hospital "a paciente esta cianótica PA zero". Foi aprimeira vez que me deparei de frente com a morte, aquele corpo inérte e um azul profundo em sua face. Foi um longo caminho até que por fim o sorriso e um belo ruge voltou a lhe tingir as maçãs.
Foi desta forma que conheci os tons azuis profundos, e os semi tons violáceos que caracterizam a cianotipia. Voltei a encontrá-los há pouco tempo quanto fiquei sem máquina fotográfica, e premida pela necessidade de sobrevivencia descobri a cianotipia, o azul da prussia, os sais de ferro.
Encontrei muitas fórmulas passei todo o inverno testando. Descobri a beleza rara e única de um fotograma.
É tão simples, tudo que tu necessitas são duas placas de vidro, papel tratado com sais de ferro, folhas, flores, pequenos objetos que quando expostos a luz do sol registram a imagem, para revelar basta água. O resultado são imagens únicas imaterias. E o melhor, não é preciso uma leica.
A morte e o azul da prussia caminham bem próximo por tanto não deixe de tomar cuidado. A ingestão e o contato prolongado com a pele te levarão a emergência do hospital e te asseguro que mesmo que tentes o ruge não voltará .
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