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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Explicando o processo - o que é a cianotipia

A Cianotipia é um sistema de impressão negativo-positivo. Foi inventado em 1842 por Sir John Herschel, baseando-se na descoberta que determinados sais de ferro são sensíveis à luz.
O seu nome deriva pelo intenso azul (do grego cyanos, azul escuro) sobre o qual aparece uma imagem branca (ou a cor branca do papel de suporte). Ficou também conhecido pelo nome de processo ferroprussiato, devida à cor do composto chamado azul da Prússia ou ferricianeto férrico.
Os cianotipos podem obter-se tanto a partir de negativos comuns como de desenhos ou reproduções em materiais transparentes ou translúcidos. O original actua como um negativo. No cianotipo, os elementos escuros aparecem claros, e os claros aparecem escuros. As soluções químicas para a sensibilização do papel ou das telas são fáceis de preparar e utilizar. Não necessita de revelação; a imagem aparece diretamente e se transforma em permanente mediante uma lavagem com água.
É necessário que a impressão seja por contato, com exposição à luz solar ou a uma potente lâmpada ultravioleta; por isso é de toda a conveniência ampliar previamente os negativos ou outros originais para o tamanho final desejado de modo a serem positivados.

Película negativa


O mais adequado é utilizar película para duplicação direta de negativos de tom contínuo, de forma a ampliar negativos.
Materiais sensíveis e manipulação do processo

Qualquer papel de boa qualidade que possa ser molhado e seco sem se deteriorar resultará de boa utilidade para a cianotipia. Papeis finos (de pouca gramagem) podem romper-se facilmente quando humedecidos e apresentar ondulação depois de secos. Um bom papel é o de aquarela (utilizado em pintura arches ou canson).
As soluções são passadas sobre o papel com um pincel (se desejarmos utilizar parte da folha) ou colocar a própria folha hem  uma bandeja já com a solução química. Depois é necessário deixar que as folhas sequem no escuro.
Sensibilização
A sensibilização efetua-se com a diluição da seguinte solução:
Solução concentrada A
Citrato férrico amoniacal (verde) 125g. Água a 15°C até completar 500 ml.
Solução concentrada B
Ferricianeto de potássio 75g. Água a 15°C até completar 500 ml.
Expor a imagem ao sol entre 15 e 20 minutos. 
Após a exposição ao sol, no momento em que o papel adquire uma cor bronze escuro, basta lavar a folha com água corrente. Voce poderá intensificar os tons de azul aplicando algumas gotas vinagre na última  lavada, e deixar secar à sombra.  
Fonte - a luz que desenha imagens de Jorge Rego

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