No ano da graça de 1945 no Egito, quando um pastor procurava por uma de suas ovelhas entrou em uma gruta e lá encontrou um grande jarro, neste jarro selado a revelação. Trata-se de 13 códices ou textos escritos em Copto encadernados em couro. No total são 55 textos escritos circa de 390 d.C. Após 1500 enterrados estes códex mantiveram seu incrível frescor, em excelente estado de conservação e permitiram um estudo mais completo dos três primeiros séculos da nossa era e são chamados de Manuscritos de Nag Hammadi. Em conjunto com os Rolos do Mar Morto formam a mais antiga coleção deste tipo de texto (vide mapa).
O objetivo deste post não é tratar do conteúdo dos textos, porém da técnica de encadernação que os protegeu por mais de um milênio.
Especialistas do mundo inteiro se dedicam a estes textos tanto por seu conteúdo histórico quanto por seu conteúdo religioso. São conhecidos como Manuscritos de Nag Hammadi ou Evangelhos Gnósticos, definitivamente se trata de uma coleção de textos gnósticos dos primeiros cristãos da nossa era. Os 13 códices de papiro encontrados per fazem uma total de 52 tratados gnósticos e outras obras menores. É provável que tenham sido parte da biblioteca de um monasterio e escondidos na época em que estes manuscritos e outros, foram declarados hereges e sua maioria destruídos. Embora alguns destes textos estivessem bastante comprometidos, foi sem dúvida a encadernação e o ambiente em que foram guardados que permitiu sua conservação em um estado que surpreende aos curadores e especialistas.
Os documentos estão escritos em Copta e seus textos foram autenticados, tanto por arqueólogos egípcios quanto por estrangeiros. Atualmente se encontram no Museu Copto no Cairo, Egito e seu descobrimento foi anunciado por Jean Doresse e Togo Mina em 1949.
O próximo post será sobre a construção das capas. O dever me chama tenho que ir trabalhar no meu atelier.
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